Black Sabbath mostra todo seu potencial e levanta público em São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 05/12/2016 13h08
Mauro Boimel/Estadão Conteúdo

Emocionante e poderoso. Foi assim o show de despedida do Black Sabbath no estádio do Morumbi, em São Paulo, neste domingo (4), com a turnê “The End”. Com apenas cinco minutos de atraso – o que não incomodou os fãs –, a banda deu início ao que pode ter sido seu último show em solo brasileiro com um vídeo cheio de efeitos especiais e sob forte chuva.

Tony Iommi  iniciou o espetáculo com as palhetadas certeiras de “Black Sabbath”, música de abertura do primeiro álbum do grupo inglês de nome homônimo, e que também é considerada a primeira canção de heavy metal da história.

O vocalista Ozzy Osbourne não precisou de muita coisa para ter o público em suas mãos. Bastou ele começar a cantar “What is this that stands before me?” para perceber que nem mesmo a chuva seria capaz de estragar a noite histórica para o rock, para banda e, principalmente, para o público que lotou o Morumbi – quase 70 mil pessoas.

O show seguiu recheado de hits, principalmente dos três primeiros discos, um prato cheio para o público mais velho, mas que também eram cantados pelos mais jovens, mostrando toda a grandeza do Black Sabbath e sua capacidade em romper barreiras. O script seguiu o mesmo da turnê latino-americana, com “Fairies Wear Boots”, “After Forever”, “Into the Void” e “Snowblind”.

Um dos principais momentos da noite estava por vir após as cinco primeiras músicas. Com Ozzy buscando interação com a plateia a todo instante com suas corridas pelo palco e seus “I love you all” e “I can’t hear you” deu-se início a clássica “War pigs”, faixa inicial do álbum “Paranoid” e um dos maiores hits da banda, cantada em coro pelo público.

“Behind the Wall of Sleep”, “N.I.B.”, “Rat Salad” antecederam o incrível solo de cerca de seis minutos do baterista Tommy Clufetos, o único integrante que não faz parte da formação original. Problemas de saúde e impasses com os cachês impediram uma despedida com Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, o primeiro a ocupar as baquetas.

A diferença de idade de Clufetos, quase 30 anos a menos, fez toda a diferença no momento em que foi preciso segurar a atenção do público enquanto o trio original descansava. Ao final do solo do baterista, veio a fantástica “Iron man”, considerada uma das maiores músicas do heavy metal, que tirou o público do chão mais uma vez.

O show continuou agitado com “Dirty Women” e “Children of the Grave” antes do bis já programado com “Paranoid”, capaz de deixar os presentes ainda mais eufóricos e colocar um ponto final cheio de energia na apresentação de uma das maiores bandas do planeta. Certamente o público de São Paulo não tem nada a reclamar.

O próximo show do Black Sabatth será na Alemanha, em 17 de janeiro. Depois disso, a banda segue para o Reino Unido, onde colocará fim aos quase 50 anos de carreira na cidade onde tudo começou, lá em 1968: Birmingham, na Inglaterra.

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