Fernando Fernandes não voltaria no tempo para evitar acidente: “me sintonizou na vida”

  • Por Jovem Pan
  • 09/08/2017 12h16
Johnny Drum/Jovem Pan

Fernando Fernandes tinha conquistado uma grande fama após sua participação na segunda edição do Big Brother Brasil e viu seus sonhos terem que ser reconstruídos após o acidente de carro que sofreu em 2009, quando acabou perdendo o movimento das pernas. Sem se vitimizar, o ex-modelo redefiniu suas metas para conquistar grandes vitórias como atleta de paracanoagem e achar um novo sentido na vida.

Em entrevista ao Morning Show desta quarta-feira (9), o atleta de 36 anos divulgou o lançamento de seu livro, “Inquebrável: a história do atleta que se reinventou depois de perder o movimento das pernas”, escrito em parceria com o jornalista Pablo Miyazawa, e revelou que se pudesse voltar no tempo, não mudaria o acidente que sofreu.

Para ele, as dificuldades após deixar de andar fizeram com que ele se sintonizasse com a vida e o colocou onde queria estar.

“O acidente, por mais duro que foi, me sintonizou com a vida. Me colocou onde eu queria estar. É difícil falar de felicidade, mas eu não trocaria nada do que aconteceu. Não sei se voltaria atrás para voltar a andar, minha vida está tão boa”, contou.

Em seu livro autobiográfico, Fernandes e Miyazawa não tentam passar a mensagem de autoajuda, mesmo que a mensagem esteja implícita na interpretação de cada leitor. Em mais de cinco anos de entrevistas, Miyazawa – que já conhecia o ex-modelo desde a infância – afirmou que ele demonstrava cada vez mais força e em nenhum momento se vitimizou.

“A gente se propôs em fazer um livro em primeira pessoa. Ele é um cara que nunca se colocou como vítima. A cada nova sessão de entrevista ele parecia mais forte. Ele nunca se vitimizou. Tivemos medo de que o livro parecesse de autoajuda”, explicou o jornalista.

Fernando traçou planos para a sua vida e conquistou o que desejou. Tornou-se um esportista paraolímpico, venceu torneio internacionais e se tornou um exemplo para quem está na mesma situação. Apesar de não gostar da palavra superação, o paratleta é alguém que venceu a dificuldade imposta por sua deficiência e vive uma vida normal, como todas as outras pessoas.

“Tive que descobrir tudo de novo. Os caminhos ficaram diferentes, mas tudo é uma curiosidade. No livro eu falo sobre isso. Namorar é fácil, mas investir no namoro, apresentar para a família, imagine pensando num cara de cadeiras de rodas, como vai ser apresentar? Tudo é um processo novo e é preciso estar com a mente aberta, senão não consegue evoluir. Foi tudo descoberta para mim, desde a parte sexual, até parte da família e sobre ter filhos”, concluiu.

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